TIC e Pedagogia

Aquecimento para o evento de lançamento de *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*


[Clique na imagem para baixar o cartaz em imagem de alta resolução]

Como anunciamos anteriormente, faremos nesta quinta próxima  (3 de agosto) o lançamento presencial do volume Educação e Tecnologia: abordagens críticas, que contará com palestras dos Profs. Ralph Ings Bannell e Raquel Goulart Barreto. O evento será no Auditório Alda Mazzotti, na Vice-Reitoria de Pesquisa da UNESA, na Av. Presidente Vargas, 642, 22o andar, Centro do Rio de Janeiro, às 13:30.

Reiterando o convite, deixamos reunidos, neste post, os links de todos os video teasers publicados até o momento (temos mais alguns “no forno”). Assista, a seguir, a “história” até agora, complementada, logo abaixo, com sugestões de links pertinentes.

Agora é contagem regressiva: esperamos ver pelo menos alguns dos visitantes deste blog no evento, então, até quinta!

Siga os links abaixo para mais informações (e leituras!)

Audrey Watters: post de publicação do vídeocapítulos em português

Richard Hall: post de publicação do vídeocapítulo em português

Jeremy Knoxpost de publicação do vídeocapítulo em português

Lesley Gourlaypost de publicação do vídeocapítulo em português

Martin Wellerpost de publicação do vídeocapítulo em português

Giota Alevizoupost de publicação do vídeocapítulo em português

Ralph Ings Bannellpost de publicação do vídeocapítulo em português

Lançamento do e-Book 2017: data para a agenda!

Em meio à usual correria associada ao fechamento do semestre acadêmico, organizamos uma nova data para o lançamento (presencial) de nosso e-Book Educação e Tecnologia: abordagens críticas.

Convidamos os interessados a juntarem-se a nós no dia 3 de agosto, quando contaremos com a presença dos Profs. Ralph Ings Bannell e Raquel Goulart Barreto, que oferecerão palestras baseadas em seus respectivos capítulos.

Coloque em sua agenda e clique na imagem ou aqui para baixar o cartaz-convite.

Esperamos ver (e rever) amigos e colegas interessados em discussões sobre a Educação e Tecnologia: até lá!

Lesley Gourlay fala sobre seu capítulo no e-Book *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*

Temos o prazer de dar prosseguimento à série de apresentações em vídeo de autores que contribuíram capítulos para o nosso e-Book de 2017, Educação e Tecnologia: abordagens críticas, trazendo, hoje, Lesley GourlayReader no Institute of Education, UCL, Londres. A autora apresenta seu capítulo “Re-corporificando a universidade digital“:

O capítulo lança algumas provocações muito pertinentes; em particular, questiona a dicotomia “digital” vs. “material’, ideia que perpassa muito da discussão em torno da presença das tecnologias digitais em contextos educacionais. Vale a leitura!

Recomendamos, também, as apresentações previamente publicadas de outros colaboradores do livro: Audrey Watters, Richard Hall e Jeremy Knox. Alternativamente, assista diretamente os vídeos acessando o Canal TICPE no YouTube.

Clique aqui para baixar o e-Book completo, ou aqui para baixar a separata da versão em português do capítulo.

 

… e o próximo capítulo do e-Book TICPE-2017 comentado em vídeo é…

Informação sobre desempenho e ansiedade acadêmica impulsionada por dados“, de Richard Hall, professor titular de Educação e Tecnologia na Universidade De Montfort, Inglaterra.

Sem mais delongas, assista o vídeo a seguir (com legendas em português):

Ainda que o contexto da discussão de Richard seja a Educação Superior no “norte global”, em particular, no Reino Unido, os leitores poderão constatar, lendo também o capítulo “Objetos como sujeito: o deslocamento radical”, de Raquel Goulart Barreto, que há vários pontos de contato entre preocupações expressas pelo autor e questões que enfrentamos no Brasil. Em particular, há a questão da precarização do trabalho associada à lógica do mercado aliada a uma visão tecnocrática da Educação e Tecnologia (concretizada na vertente instrucionista da Tecnologia Educacional que predomina no “mercado”). Há muito a se pensar aqui, muito trabalho a fazer.

O professor mantém o blog Richard Hall’s Space, que recomendamos a quem tem interesse em questões relativas à presença da tecnologia na Educação Superior, especificamente.

O capítulo do Prof. Hall na versão em português pode ser baixado diretamente deste link.

Alternativamente, clique aqui para baixar o e-Book completo – e aproveite para ver (ou rever) o primeiro vídeo da série, de Audrey Watters!

Publicação do e-Book TICPE 2017: agora é baixar e ler!

CAPA_EBOOK_TIPCE_2017Após meses de muito trabalho, disponibilizamos neste post o nosso e-book de 2017, Educação e Tecnologia: abordagens críticascompartilhado sob uma licença Creative Commons. A coletânea bilíngue reúne 12 capítulos de pesquisadores do Brasil, Austrália, Escócia, Estados Unidos, Inglaterra e Reino Unido e foi organizado por Giselle Ferreira, Alexandre Rosado e Jaciara Carvalho, integrantes do grupo TICPE.

Segundo a Apresentação dos organizadores:

“O volume oferece uma dose de sobriedade em reação aos excessos e exageros encontrados na literatura mainstream na área da Educação e Tecnologia. Os textos (…) abordam questões de poder e consideram especificidades contextuais e históricas, escapando da usual euforia em torno da tecnologia digital e partindo de perspectivas diversas do momento histórico que vivemos”.

Organizados em três partes – Cenários, Especificidades e Historicidade – os capítulos do e-book são intercalados por 24 imagens sugestivas (aqui, em gif) do artista polonês Pawel Kuczynski. Já é uma “tradição” nas publicações da TICPE apresentar ilustrações de artistas cujo trabalho provoca nosso grupo de pesquisa.

Após a Apresentação dos organizadores, o e-book apresenta um texto introdutório, de Ralph Bannell (PUC-Rio), “com inspiração em desenvolvimentos recentes na vertente fenomenológica da Filosofia”, que destaca questões de poder e “esboça novas possibilidades de conceber os processos da cognição e da aprendizagem”.

Mais um trecho da Apresentação, que explica a estrutura do volume:

A Parte I, Cenários, incPawel Kuczynskilui quatro capítulos que, no conjunto, sugerem caminhos para desvelar e criticamente analisar o cenário de continuidades e descontinuidades na Educação e Tecnologia. Neil Selwyn (Universidade de Monash, Austrália) retoma sete questões críticas propostas por Neil Postman como base para propor questionamentos objetivos, claros e específicos à área. Na sequência, Raquel Barreto (UERJ) e Richard Hall (Universidade De Montfort, Inglaterra) discutem, com muitos pontos de contato, implicações à Educação Básica no Brasil e à Educação Superior no hemisfério norte, respectivamente, da tendência corrente à mecanização das relações, processos e ações implicadas na educação. Completando a parte, os organizadores apresentam achados preliminares de um levantamento bibliográfico da produção na área em língua portuguesa, sugerindo que há muito trabalho a ser feito para que essa se estabeleça em termos acadêmicos.

Na sequência, a Parte II, Especificidades, apresenta discussões de temáticas atuais específicas. Giota Alevizou (Open University do Reino Unido) analisa o interlace da Educação com as Mídias, discutindo, em particular, as implicações do processo corrente de “datificação” dos processos educacionais. Jeremy Knox (Universidade de Edimburgo, Escócia) examina criticamente os MOOC, que, nos EUA e na Europa, têm se expandido significativamente, e, aos poucos, chegam ao Brasil em formas que ecoam as grandes iniciativas de instituições de Educação Superior e de startups apoiadas por capitalistas de risco. Finalizando a parte, Lesley Gourlay (Institute of EducationUniversity College London/ Inglaterra) parte de uma crítica à antinomia “digital” vs. “analógico” e argumenta a relevância de abordagens sociomateriais.

Os quatro capítulos que compõem a Parte III, Historicidade, ilustram a importância do conhecimento histórico como base para a contextualização e a compreensão da atual situação das tecnologias na educação. Historicidade é, para nós, uma das ideias estratégicas que precisam ser mais amplamente integradas em estudos da Educação e Tecnologia. Martin Weller (Open University do Reino Unido) relata o desenvolvimento do movimento dos Recursos Educacionais Abertos/Educação Aberta, no qual tem participado ativamente desde os seus primórdios, ainda no final da década de 1990. Os capítulos seguintes são textos que consideramos leitura essencial para qualquer interessado na área da Educação e Tecnologia. De Audrey Watters (EUA), a “Cassandra da Tecnologia Educacional”, incluímos dois capítulos de The Monsters of Educational Technology. A parte conclui com um texto “clássico” de Richard Barbrook e Andy Cameron (in memoriam), da Universidade de Westminster (Inglaterra), que analisa, a partir de uma base histórico-crítica, questões ideológicas que permeiam a indústria da tecnologia digital atual.

Educação e Tecnologia: abordagens críticas será lançado em evento presencial na UNESA, no Rio de Janeiro, em 4 de maio, com palestras do Prof. Ralph Bannell e da Profª Raquel Barreto. Você está convidado/a!

Clique aqui para baixar o livro.

Enquanto o e-book não chega… entrevista com o Prof. Ralph Bannell

Estamos a todo o vapor nos últimos estágios de preparação de nosso e-book, sobre o qual contamos um pouco neste post do ano passado – a trabalheira tem sido enorme (pesquisadores e professores definitivamente não têm férias…), mas estamos muitíssimo satisfeitos com a forma que o volume final tomou.

Em breve, disponibilizaremos um e-book inteiramente bilíngue (português-inglês) com oito capítulos escritos, especialmente para nós, por especialistas de vários países e outros três veiculando textos a serem publicados em nosso idioma pela primeira vez. Há, ainda, uma deliciosa “cereja no bolo”: o belo prefácio escrito pelo Prof. Ralph Ings Bannell, diretor do Departamento de Educação da PUC-Rio, e um dos autores do livro Educação no século XXI: cognição, tecnologia e aprendizagens (Vozes, 2016).

Em seu prefácio, o Prof. Ralph mobiliza ideias e conceitos de diferentes subáreas da Filosofia para pensarmos questões relativas à presença de artefatos digitais na educação de forma aprofundada e contextualizada. Aguarde!

Enquanto o e-book não chega, vale assistir a entrevista concedida pelo Prof. à TV da Faculdade Artur Sá Earp Neto – Faculdade de Medicina de Petrópolis em fevereiro deste ano. Na entrevista, o professor discute, em um contexto histórico-filosófico, algumas das questões que emergem na interface educação-tecnologia, e traz alguns dos assuntos que explora mais detidamente em sua contribuição ao nosso e-book.

Por fim: fique atento à publicação do e-book, prevista para início de abril deste ano,  na página Nossas produções!

“Inovação” e práticas docentes no ES – defesa de tese

20151209_102126Fechando o semestre, tivemos mais uma instigante defesa na TICPE. Focalizada em questões relativas ao uso de tecnologias na docência em nível superior, Rejane Cunha Freitas defendeu a tese intitulada Práticas docentes no Ensino Superior e as Tecnologias de Informação e Comunicação: um estudo de caso.

Tomando como campo uma instituição de ES privada, Rejane conduziu um estudo de caso fundamentado em literatura de vertente crítica da Tecnologia Educacional, com o objetivo geral de “explorar as concepções e práticas de ensino com as TIC no ES”. Combinando técnicas quantitativas (para identificação de um perfil geral dos docentes da instituição) e qualitativas (entrevistas semi-estruturadas e observação participante), a pesquisa analisou concepções dos professores acerca da formação e da prática docente no ES.

Em especial, a tese analisa a importantíssima temática da “inovação” com bastante sensatez: por um lado, questiona formas maniqueístas de pensar, e, por outro, “De modo a evitar o processo de culpabilização dos docentes (…) considera as muitas dificuldades próprias da profissão, bem como possíveis especificidades do contexto analisado.”

A banca contou com a participação dos Profs. Laélia Moreira e Márcio Lemgruber, do PPGE/UNESA, Sônia Mendes, da UERJ/FEBF e Alexandre Rosado, do INES/DESU. Rejane recebeu elogios unânimes da banca em relação ao seu cuidadoso detalhamento da metodologia, que inclui uma discussão sobre questões de reflexividade na pesquisa, à sensibilidade e cuidado que demonstrou no tratamento dos dados, criteriosamente descritos e analisados, bem como ao teor geral da discussão teórica e sua articulação com os dados.

Banca_Rejane_Freitas

Da esquerda para a direita: Alexandre, Sônia, Laélia, Rejane, Giselle & Márcio

Assim como o trabalho de Regina Almeida, focalizado em questões relativas ao letramento informacional e defendido há algumas semanas atrás, a tese de Rejane será disponibilizada on-line em breve; deixo, então, por hora, o resumo:

Este estudo parte de um questionamento acerca dos discursos por mudança no Ensino Superior (ES). Especificamente, discute-se a natureza das alegações que professam uma revolução no ES, que são sustentadas pela defesa das inovações e pela crença de que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) favorecem um processo de aprendizagem sem esforço, para atuação profissional em um futuro incerto. O estudo baseia-se em uma investigação que teve como objetivo geral explorar as concepções e práticas de ensino com as TIC no ES. As seguintes questões foram respondidas por meio de um estudo de caso conduzido em uma instituição de ES privada utilizando métodos mistos: (a) Quais influências, formações e experiências dos professores contribuem na caracterização que fazem de suas próprias práticas de ensino?; (b) De que formas os docentes (re)pensam a integração de recursos das TIC em suas práticas de ensino?; (c) Quais as concepções, atitudes e dificuldades dos professores em relação ao uso das TIC em sala de aula?; (d) Quais concepções sobre “inovação” emergem do campo na visão dos professores?. Os dados coletados em 70 questionários foram tratados estatisticamente, permitindo a identificação de um perfil geral dos docentes da instituição. Temáticas específicas foram esmiuçadas com base em 11 entrevistas semiestruturadas e observação participante conduzida entre 2013 e 2015, bem como uma intervenção pontual que tomou a forma de um minicurso de 6 horas oferecido em fevereiro de 2015. Transcrições e anotações de campo foram submetidas a uma análise de conteúdo temática. A fundamentação teórica adotada inclui literatura acerca do ES e textos críticos da Tecnologia Educacional, em particular, de Raquel Goulart Barreto e Neil Selwyn. Os achados indicam que, na melhor das hipóteses, tem havido um impacto bem modesto dessas tecnologias nas estratégias de ensino comumente utilizadas, e a integração de novos artefatos tende a ser feita de modo a possibilitar a continuidade de práticas pedagógicas já estabelecidas. Apesar das falas dos professores não indicarem, explicitamente, forte resistência ao uso das TIC, há indícios de resistência à mudança pedagógica, em parte explicáveis por contingências tais como falta de tempo e, talvez, falta de uma formação específica para a docência no ES que desenvolva sujeitos críticos e reflexivos. Por outro lado, as falas representam ações de resistência pontuais aos discursos corporativos e dispositivos técnicos a eles associados, que impingem diretamente na autonomia profissional dos docentes, sugerindo sua enorme adaptabilidade e comprometimento com seus alunos, seu trabalho e com a própria instituição. Assim, o trabalho contribui para preencher a enorme lacuna referente a questões mais sutis acerca da relação entre as TIC e as práticas docentes no ES, reiterando a necessidade de estudos empíricos que possam, com base na contingência, desafiar os discursos generalistas e essencialmente doutrinários que predominam na área, discursos marcados por um maniqueísmo que opõe, de maneira simplista, “resistência” a “adesão” às TIC.

Rejane preparou uma bela apresentação em Prezi, que você pode acessar clicando aqui.

Por fim, registro, mais uma vez, meus parabéns à Rejane, pela qualidade do seu trabalho e por sua garra, tenacidade e profissionalismo, que a possibilitaram seguir adiante, mesmo em momentos difíceis!

 

Livro sobre usos do Facebook na Educação disponível no Scielo

Acaba de ser disponibilizado no Scielo Livros o volume Facebook e educação: publicar, curtir, compartilhar, organizado por Edméa Santos e Cristiane Porto e publicado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba. A obra, lançada em impresso no ano passado, está agora disponível aberta e livremente, e pode ser baixada na íntegra em formato pdf ou ePub, ou em capítulos.

Organizado em duas partes, o livro reúne contribuições de pesquisadores e especialistas do Brasil e de Portugal, que examinam diferentes aspectos da integração desta plataforma de redes sociais em contextos educacionais. Inclui um capítulo escrito por mim e pela nossa saudosa Estrella Bohadana.

Ficam aqui os parabéns da TICPE às colegas organizadoras por mais uma bela conquista!

Clique aqui para baixar o livro completo em pdf.

Clique aqui para baixar o livro completo em ePub.

Clique aqui para baixar o livro em capítulos.

Clique aqui para baixar o capítulo Possibilidades e desafios do uso do Facebook na educação: três eixos temáticos”, por Giselle Ferreira e Estrella Bohadana.

Teses defendidas na TICPE

Entre 2014 e 2015, tivemos as defesas de duas instigantes teses na linha, então aproveitando que ontem retomei o Diálogos, compartilho os detalhes.

Em final de julho deste ano, defendeu sua tese Ambientes Pessoais de Aprendizagem em Escola de Ensino Médio meu doutorando Rafael Castiglione. A pesquisa do Rafael

teve como objetivo geral investigar o uso das TIC, complementar ao ensino médio presencial, com o propósito de estimular o desenvolvimento da autonomia dos alunos, tendo como base a concepção dos Ambientes Pessoais de Aprendizagem (APA). Deste objetivo geral foram elaborados os objetivos específicos: (a) Identificar as práticas educacionais emergentes que se utilizam de APA na educação formal; (b) Analisar os usos de ferramentas da Web pelos alunos participantes da pesquisa, identificando suas preferências, propósitos e contextos de utilização; (c) Analisar as possibilidades e desafios associados à integração da ideia de APA na educação formal. Tais objetivos foram investigados em um trabalho de Pesquisa-ação, sendo a coleta de dados realizada a partir de entrevistas, aplicação de questionários e observação de campo. O processo de análise dos dados foi quantitativo e qualitativo, sendo neste último utilizado como método a análise de conteúdo. Para dar sustentação à discussão, foram incorporadas considerações pedagógicas, tendo por base contribuições teóricas da aprendizagem, da autonomia, e das TIC, em particular, os Ambientes Pessoais de Aprendizagem. O estudo foi realizado no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, no curso técnico de informática integrado ao ensino médio, nas disciplinas “Programação para Web” e “Modelagem de dados”, com a participação de 108 alunos dos três anos escolares, organizados em quatro grupos. Os principais achados foram: (a) confirmação da presença da escola e do professor como importantes atores no processo de aprendizagem; (b) o domínio e a facilidade de migração de ferramentas ligadas à interação social e recepção de informação por parte dos alunos; (c) a possibilidade de construção de uma sala de aula mais autônoma e integrada aos espaços não formais de ensino; e (d) a dificuldade dos alunos em expor e discutir seus pontos de vista, refletida na baixa produção colaborativa e compartilhamento de informações. A experiência sugere a necessidade de investigações futuras acerca do melhor momento da trajetória escolar para a incorporação de processos de construção coletiva do conhecimento apoiadas pelas TIC como uma rede de conexões.

As palavras-chave do trabalho são: Ambientes Pessoais de Aprendizagem; Ensino Médio Integrado; Aprendizagem centrada no aluno; Autonomia

No final de 2014, Mirian Maia do Amaral, orientanda do Prof. Márcio Lemgruber, defendeu seu trabalho intitulado Autorias docente e discente: pilares de sustentabilidade na produção textual e imagética em redes educativas presenciais e on-line. Eis o resumo:

Na contemporaneidade, com a emersão de uma diversidade de modelos autorais e novas formas de colaboração e criação, uma questão desafia os pesquisadores: como autorias coletivas e, ao mesmo tempo singularizantes, podem ser produzidas sob as formas textuais e imagéticas e materializadas em redes educativas, presencial e online? Para responder a essa questão, objetivamos, nessa Tese, identificar e formular indicadores que potencializam e promovem o surgimento de autorias docente e discente, na tessitura do conhecimento, em rede. Amparados pelo paradigma da complexidade, trabalhamos, no âmbito da disciplina eletiva Cotidianos e Currículos: uma prática social em formação, integrante do curso de Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na perspectiva da pesquisa-formação multirreferencial, e com a ideia de pesquisador implicado com seu campo de pesquisa. Durante três semestres, atuamos em quatro turmas, junto a estudantes provenientes de diferentes tipos de licenciaturas. Dialogamos, também, com os pressupostos das pesquisas nos/dos/com os cotidianos, apoiados no uso intensivo de dispositivos materiais e intelectuais, como diário de itinerâncias, textos científicos, ambientes virtuais de aprendizagem e suas interfaces, oficinas de histórias em quadrinhos e vídeos, entre outros. A partir de atos de currículo, instituímos estratégias pedagógicas que nos levaram a ―pistas‖ de autorias, que apontaram para dimensões integrativas, formativas e tecnológicas, possibilitando-nos identificar um conjunto de indicadores a elas relacionados. Esses indicadores, caracterizados pelas ações engendradas ao longo do processo de aprendizagem, atuaram como ―disparadores‖, potencializando o surgimento dessas autorias, sob diferentes formas: na reprodução textual; no planejamento da sintaxe produtiva; na transposição de gêneros do discurso; no uso da oralidade nos meios virtuais; em processos interativos; na cultura remix; e nos recursos argumentativos e linguísticos. A conclusão a que chegamos é a de que, em tempos de cibercultura, a noção de autoria se torna cada vez mais coletiva e pulverizada. Somos todos autores, em potencial, na medida em que ancoramos nossos dizeres, em nossas memórias e nos dizeres alheios, assumindo uma posição responsiva e responsável pelo que expressamos. Nessa perspectiva, o uso de indicadores privilegia processos colaborativos, interativos e dialógicos potencializando o surgimento de autorias em diferentes níveis.

As palavras-chave do trabalho da Mirian são:Cibercultura; Redes educativas; Formação de professores; Autorias.

Há mais defesas de teses previstas para o final de 2015 – compartilharei os detalhes aqui oportunamente!

Abertura de processo de seleção de docente para a TICPE

Está aberto o processo de seleção de docente para a Linha TICPE do PPGE/UNESA. As inscrições estarão abertas até dia 15 de julho – em breve, o edital será divulgado, também, no site institucional, mas já estamos abertos para receber contatos e documentação dos interessados.

Veja AQUI o edital, aproveitando a visita para conhecer, também, nosso histórico e proposta, nossas disciplinas, nossos projetos e nossas produções.